Apenas dois servidores operacionais trabalham no Departamento de Proteção Animal nos cuidados com os animais e a estrutura do local está totalmente destruída
Falta tudo no local: trabalhadores, medicação para os animais, infraestrutura para os servidores e os bichinhos, estrutura para cuidar dos animais resgatados que chegam doentes, atropelados, abandonados e vítimas de maus-tratos.
O diretor do STMC, Afonso Basílio Júnior, denuncia que a situação é tão grave com medicamentos vencidos, baias dos animais destruídas, infiltração em todas as instalações (incluindo nas salas de cirurgias e recuperação dos animais), ligações clandestinas de esgoto, entre outros problemas. “O local está completamente abandonado e não tem mais condições de funcionar. Há apenas dois funcionários operacionais para limpar todas as baias e cuidar dos animais”, diz.
O diretor do Sindicato, Almir Alves, aponta que o cenário é tão crítico que na sala de cirurgias e de pós-operatório, quando chove, a água chega no calcanhar dos trabalhadores. “Os trabalhadores relatam que nos dias de chuva a situação se agrava ainda mais. Servidores e animais ficam, literalmente, embaixo da água, pois chove dentro das instalações. Sai água, inclusive, pelos bocais das lâmpadas. Há placas espalhadas por todo o local avisando que é proibido acender as luzes. Um ventilador já chegou a cair e quase atingiu a cabeça de um servidor”, relata.
REUNIÃO COM O SECRETÁRIO DE MEIO AMBIENTE
Os diretores do STMC realizaram uma reunião, na segunda-feira (14), com Braz dos Santos Adegas Júnior, secretário de Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade, para denunciar o descaso no DPBEA. O Sindicato dos Servidores solicitou a contratação com urgência, por meio de concurso, de novos servidores e um local seguro para os trabalhadores e os animais. “Pedimos a criação de novos cargos para atender a demanda do DPBEA. Já tivemos mais de 12 trabalhadores no local”, diz Almir Alves.
Afonso Basílio Júnior afirma que o secretário concordou com as contratações. Foi estabelecida uma nova vistoria no DPBEA com o engenheiro do Trabalho do STMC, Eduardo Martinho Rodrigues, junto com Braz Júnior. “Se nada for resolvido com urgência, nós iremos denunciar a situação grave no DPBEA para a Polícia Ambiental, Ministério Público e outros órgãos para garantir um lugar digno de trabalho para os servidores e para salvar a vida dos animais que são levados para lá”, diz.
ASSISTA VÍDEO COM AS TRISTES IMAGENS DO ABANDONO E DO DESCASO NA GALERIA DE VÍDEOS.