A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) reafirma a defesa à vida como princípio para a retomada das aulas presenciais. O retorno às escolas, em meio ao repique da pandemia, deve ocorrer com atenção ao controle sanitário (redução da taxa de contágio) e à garantia das condições efetivas de biossegurança, conforme orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Que haja diálogo nos diversos sistemas de ensino, de cada região, envolvendo todos os interessados: Poder Público, autoridades sanitárias, entidades representativas dos estudantes, professores e demais trabalhadores da Educação, pais e responsáveis. Além disso, defendemos a vacinação contra a Covid-19 para todos os segmentos da comunidade escolar e a exigência do “passaporte da vacina”.
É de conhecimento público o aumento acelerado no número de casos de Covid, em função do avanço da variante ômicron – uma cepa mais infecciosa do novo coronavírus. Infelizmente, além de lidar com a pandemia, sofremos no Brasil com um governo genocida, negacionista e antivacina.
Seja pelo avanço da pandemia, seja pelo descaso do governo Bolsonaro, a média móvel de mortes por Covid no Brasil disparou 238% em apenas duas semanas – de 17 a 30 de janeiro –, conforme o consórcio de imprensa. No total, a crise sanitária já matou quase 627 mil brasileiros. A volta às aulas, se efetivada de modo irresponsável, pode levar a uma tragédia ainda maior, com aumento de casos e mortes decorrentes do novo coronavírus.
Diante desse cenário, a CTB defende o adiamento da reabertura das escolas. Que o retorno às aulas, neste momento, seja de modo remoto ou híbrido, considerando a taxa de contágio por local ou região. É preciso igualmente ampliar as campanhas sobre a vacina, para que possamos imunizar com celeridade toda a população do País.
Não queremos mais nenhuma morte. A nossa luta é por vida, ciência, vacina, democracia, educação sem precarização e nenhum direito a menos!
São Paulo, 31 de janeiro de 2022
ADILSON ARAÚJO
Presidente da CTB