Mais uma vez, o STMC reforça a posição de que é contra o retorno das aulas presenciais nas escolas antes que todos os servidores da Educação sejam vacinados contra a Covid-19. Hoje o governo municipal do prefeito Dário Saadi, que é médico, publicou decreto definindo a retomada das aulas nas escolas municipais em 1º de março.
Desde o ano passado, o STMC se posiciona contrário ao retorno durante a pandemia sem garantia de que seja seguro para trabalhadores, alunos, famílias e comunidade escolar. O Sindicato tem vários procedimentos abertos no Ministério Público do Trabalho (MPT) da 15º Região denunciando a falta de EPIs, falta de estrutura de escolas e o risco de contágio sem a vacinação.
O próprio secretário de Educação, José Tadeu Jorge, em recentes reuniões com diretores do Sindicato afirmou que é favorável à vacinação dos servidores. Mas ele disse que a Secretaria depende do planejamento da área de Saúde, que segue o Plano Nacional de Imunização (PNI). O Sindicato quer que a Prefeitura de Campinas encabece uma luta política para defender a inclusão dos trabalhadores da Educação no grupo prioritário da vacinação.
O coordenador-geral do Sindicato, Tadeu Cohen Paranatinga, afirma que a posição do STMC é de contrariedade ao retorno porque a doença é fatal e não há condições de uma retomada presencial das aulas sem a vacinação dos trabalhadores.
“A preocupação do Sindicato é dos professores voltarem sem vacina. Se fosse uma escola ou duas escolas, era mais fácil de controlar. Mas vai ser uma estrutura muito grande. Nós estamos defendendo que vacine os professores. Os professores e alunos estarão misturados e isso aumenta o risco de contágio do novo coronavírus”, alerta.
Tadeu afirma que o mais prudente é esperar e imunizar os trabalhadores antes do retorno às aulas presenciais. “É melhor esperar mais um pouco para voltar as aulas com muita segurança. Eu perdi minha mãe. Perdi meu cunhado. Eu mesmo passei por isso. Mais de 240 mil brasileiros já morreram. É uma doença cruel e terrível”, diz.
O coordenador-geral do STMC afirma que o governo municipal e o prefeito Dário Saadi, que é médico, não podem brincar com a saúde de professores e crianças. “Não dá para brincar com a saúde dos professores e com a saúde das crianças. Precisa ter responsabilidade porque o prefeito (Dário Saadi) dessa cidade é médico. Ele precisa ter o entendimento e a responsabilidade para não colocar vidas em risco”, pede.