Na última audiência realizada na sexta-feira passada, a promotora Clarissa Ribeiro Schinestsck, solicitou um cronograma da adequação de 18 unidades que estão sem condições de receber aulas presenciais. A volta das escolas particulares mostrou que a situação ainda é grave com o registro de surtos nos colégios.
Na última sexta-feira, a procuradora Clarissa Ribeiro Schinestsck pediu para que o governo municipal apresente um cronograma de adequação da estrutura de 18 escolas que precisam de ajustes e obras para que tenham condições de atender os protocolos sanitários e receber aulas presenciais. A volta está marcada para 1º de Março nas escolas municipais.
Ela também fez dois alertas para a Prefeitura: fazer uma padronização da comunicação visual nas escolas e disse ainda que não está claro como será a entrega dos EPIs para cada profissional da Educação. A promotora quer receber também os relatórios de treinamentos dos trabalhadores da limpeza.
Na audiência, representantes da área de Educação e o STMC relataram que há muitas questões para serem resolvidas antes de qualquer retorno das aulas nas escolas. Há problemas como dificuldades operacionais para o retorno presencial às aulas, falta de funcionários, déficit de gestores, falta de trabalhadores da limpeza, serviços terceirizados com déficit de EPIs, escolas sem ventilação nas salas e gestores que sentem falta de comunicação entre a direção das unidades e a Secretaria de Educação.
O secretário de Educação, José Tadeu Jorge, afirmou na audiência que o governo municipal vai fazer a recomposição das equipes e que a Prefeitura está abrindo chamada de professores e de 250 agentes de Educação Infantil.
O STMC acredita que é necessário abrir canais de comunicação entre os gestores das unidades e a Prefeitura . O Sindicato também sugeriu que na próxima audiência sejam chamados os responsáveis pelas empresas terceirizadas que atuam nas escolas.
Na audiência, também foi discutida a elaboração do aplicativo que irá monitorar as condições de saúde dos servidores, alunos e comunidade escolar. O app será feito pela Unicamp em parceria com MPT, Prefeitura, Sindicato e outros representantes de entidades ligadas à área de educação.
Reforçamos que o STMC quer que as aulas presenciais voltem só depois que todos os servidores da Saúde forem vacinados. Estamos vendo no exemplo das escolas particulares, que vivem surtos de Covid-19, que a situação é grave e que não adianta forçar um retorno precoce sem garantia e proteção.
Sem Vacina, Sem Aula.
STMC luta pela vida, saúde e um retorno seguro das aulas presenciais nas escolas.