Proposta do governo que está passando pelo Legislativo, sem a participação direta dos servidores, vai trazer prejuízo aos trabalhadores e é um grande cheque em branco.
Depois de aumentar a alíquota de contribuição do Camprev de 11% para 14%, agora Jonas, o presidente do Camprev, Marionaldo Fernandes Maciel, e os vereadores governistas querem acabar com a estrutura do instituto ao fazer mudanças na modelagem financeira. A proposta é um grande cheque em branco que prevê a transferência de bens da Prefeitura e até os dividendos de ações que o governo tem na Sanasa durante os próximos 75 anos.
Tudo isso em troca da transferência de inativos do Fundo Financeiro (deficitário) para o Fundo Previdenciário (superavitário). Só lembrando que é obrigação da Prefeitura cobrir os valores que faltam no Fundo Financeiro, que é formado por servidores da época do Instituto de Previdência Social do Município de Campinas (IPMC) e que foi extinto.
O governo também vai acabar com o regime de repartição simples e vai instituir a capitalização na previdência dos servidores. Nem o medíocre ministro da Economia, Paulo Guedes, conseguiu aprovar essa proposta no Congresso quando fez a terrível reforma da previdência, que tanto mal já causou aos trabalhadores brasileiros.
Um assunto tão complexo e que mexe com a vida e o futuro de milhares de trabalhadores que estão na luta todos os dias para atenderem a população, mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, deveria ter a participação direta dos servidores e não ser votado em sessões virtuais e às pressas.
Repudiamos esse desrespeito e mais esse golpe do prefeito Jonas Donizette, de Marionaldo Fernandes Maciel, que um dia foi sindicalista e que agora esqueceu da luta da classe trabalhadora, e dos vereadores da base do governo.
Estamos tomando todas as medidas jurídicas cabíveis para evitar que os trabalhadores sejam prejudicados.