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28/11/2018

Histórias da Cultura Africana emocionam durante o evento “Africanidade, A alma não tem Cor”

Bonecas Abayomi surgiu nos navios negreiros quando as mães rasgavam as próprias vestes para confeccioná-las.


“Africanidade, A alma não tem Cor” foi um belíssimo e emocionante evento que aconteceu hoje (28/11) no STMC em comemoração ao Mês da Consciência Negra. Durante o dia inteiro foram realizadas Oficinas de Confecções de Bonecas Abayomi e Amarrações de Turbantes. Os participantes também ganharam tranças africanas e assistiram as apresentações de capoeira e roda de samba.

Durante as Oficinas, as professoras emocionaram os participantes com histórias da época dos navios negreiros e da escravidão.

Na Oficina de Bonecas Abayomi, a professora Ana Paula Cristina Olanda, contou que a singela boneca  surgiu nos navios negreiros. As mães rasgavam as próprias vestes para confeccionar as bonecas e assim acalentar suas crianças que estavam sofrendo. Cada nó feito para confeccionar tinha um significado, como amor, perdão, coragem e proteção.

“Muitas mães morriam de fome ou por causa de doenças e eram jogadas ao mar. Então, para as crianças a boneca se tornou um amuleto de coragem e de resistência, representando a própria história e a de seus pais”, disse Ana Paula.  

Emocionante também foi a história contada pela professora Gladys Araújo Sena sobre a origem das tranças africanas. Segundo Agnes, elas representavam o mapa do caminho percorrido pelos escravos durante a fuga das fazendas até a liberdade nos quilombos. Esse registro do mapa em tranças era importante para auxiliar na fuga de outros escravos.

“Minha mãe ensinou as técnicas de como fazer tranças e contava que as mais finas e rasteiras representavam as plantações mais rasteiras e as tranças com quadrados representavam as plantações de árvores.”, contou Gladys.

A servidora Ana Carolina Zatta definiu muito bem como foi o evento dizendo que as emoções devem lembrar o quanto à cultura afro-brasileira é linda e deve ser respeitada.

“Acho importante divulgar a cultura afro porque ela mexe profundamente com os nossos sentimentos”, disse.

O evento “Africanidade, A alma não tem Cor” também  ensinou a fazer diferentes amarrações de turbantes para cabelos afros e não afros.

Um mais lindo que outro, os tradicionais turbantes ganharam características modernas. De acordo com a professora Jessica Stock da Silva, atualmente os turbantes  são confeccionados em formatos mais estreitos e tem arames costurados nas extremidades, o que facilita os diversos modelos de amarrações.

“O turbante deixa o cabelo mais bonito e pode ser feito com qualquer tipo de tecido, desde que tenha o arrame. Pode ser amarrado da forma que a pessoa achar melhor.”, disse.
Confira como foi o evento na galeria de fotos do site do STMC.

No decorrer do dia também foram apresentados Acesse:  https://bit.ly/2Rl9s0i

Fonte: STMC

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