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11/10/2017

Baú de História: Denir, uma mulher trabalhadora e solidária

Gosta de tranqüilidade e de conversar


Uma vida pacata. É assim que Denir Aparecida Nascimento define seu cotidiano. Hoje com 74 anos e aposentada, leva uma vida tranqüila e não poderia ser diferente já que é serena e gosta de ser assim. Ela diz que em tudo que faz tem que ter paciência e apreciar a vida. 
 
Esse gosto pela tranqüilidade vem de suas origens. Ela está sempre passeando em Casa Branca, sua cidade natal, onde vai visitar suas duas irmãs e sobrinhas. “Tenho uma casinha lá e meu marido também gosta muito de ficar por lá, é uma cidade tranqüila, mas é só pra passear, não consigo mais morar em cidade pequena, estou acostumada com Campinas”, contou.
 
Denir também  tem um irmão que mora em Campinas, Mário, de 70 anos, que é considerado um anjo. “Ele é um anjo em minha vida. Está sempre me agradando. Traz pão e mel de Casa Branca. Ele vai pra lá quase todo mês, às vezes, vou com ele”, disse.

Além de ir para Casa Branca, a Dona Denir também acha divertido freqüentar o sindicato. É onde gosta de fazer reflexologia, manicure, e de participar das atividades sociais. “Venho ao sindicato desde a década de 90. Foi no sindicato que consegui mudar a minha atividade de trabalho como servidora”, disse.
 
Denir contou que sua vida antes da aposentadoria não era nada pacata. Ao contrário, trabalhou muito. Lembra que começou a trabalhar cedo, com 17 anos, para ajudar no orçamento de casa, pois foi nessa idade se casou com o Hélio. 
 
“Fazia de tudo, costurava, bordava, fazia  crochê, depois fiz um curso de cabeleireira e manicure. Trabalhava até anoitecer”, disse. 
 
Aos 40 anos ingressou no serviço público como copeira no Hospital Dr. Mário Gatti. Isso foi na década de 90.  “Empurrava carrinhos pesados e andava muito pelos corredores do hospital. Infelizmente tive um problema sério na coluna e sentia muitas dores. Não agüentava trabalhar empurrando carrinhos, mas os chefes não entendiam”, disse. Foi então, que Denir procurou o sindicato e foi orientada a buscar um médico e um laudo, e assim conseguiu mudar de atividade. “Fui trabalhar como ascensorista de elevador. No período do dia trabalhava no elevador público, no outro, trabalhava no elevador dos funcionários”, disse.
 
Denir  foi contente nessa função e fez muitas amizades. As pessoas que entravam no elevador sempre acabavam batendo um papo com ela, e assim, escutou muitas histórias, algumas  tristes e outras com finais felizes. 
 
Ela também participou de muitas histórias de vida dentro do hospital, porque tinha como missão pessoal visitar os pacientes. “Sempre que tinha um tempinho ou folga ia visitar os pacientes. Gostava de ficar na pediatria, mas também ia ver os adultos. Sempre levava uma palavra de conforto. Acho que ajudei”, disse de forma modesta.
 
Ajudou sim dona Denir, a senhora também foi um anjo que levou esperança para muitas pessoas.

Parabéns pela sua solidariedade!

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