SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE CAMPINAS
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19/02/2016

Diretora da Saúde desrespeita trabalhadores ao dizer que são culpados de violência nas unidades

Sindicato defende servidores públicos e repudia afirmação de Mônica Nunes


O Sindicato tem acompanhado os inúmeros casos de agressão física, verbal e psicológica que os trabalhadores e trabalhadores têm sofrido nas unidades básicas de saúde. A cada semana, o número aumenta. Somente nessa semana, foram ao menos quatro casos em unidades que servidores públicos que sofreram algum tipo de violência, de pacientes e criminosos que roubam, furtam e invadem os CSs e PAs.
 
Com estrutura frágil, sem segurança e acuados, os trabalhadores estão diariamente com medo e preocupados. Falta assistência e melhorias necessárias para evitar os problemas. Nenhum trabalhador quer ou deve trabalhar em um local inseguro!
 
No entanto, nessa semana, a diretora de Saúde de Campinas, Mônica Macedo Nunes, concedeu entrevista ao jornal Correio Popular e mostrou que não entende a situação do trabalhador. 
 
Mônica afirmou que falta discernimento para falar com o usuário. "Estamos discutindo como acolher, como encaminhar, como falar com o usuário, pois é necessário saber até como falar não, para que ele não saia agressivo. Queremos que o usuário seja bem atendido”, disse ao jornal.
 
É inaceitável e um desrespeito com os trabalhadores que atuam e acolhem diariamente os pacientes! A categoria está revoltada com essa declaração e exige mudanças na pasta.
 
Não podemos acusar ou culpar os trabalhadores do que têm ocorrido. Culpabilizar a vítima é um ato de desvalorização e desrespeito. A justificativa da Administração é uma maneira de apontar a culpa para as vítimas, enquanto não exerce o seu papel de promover a segurança.
 
Estrutura
As unidades de saúde estão, em sua maioria, com problemas de infraestrutura. Cercas, vidros e janelas quebradas tornam os prédios onde estão alocados os CSs e PAs frágeis. O diretor sindical Afonso Basílio Jr afirma que isso é um "convite" a depredação do patrimônio público, pois a comunidade não entende que a unidade de saúde é para ela, é dela.
 
Sem número adequado de funcionários, a equipe também trabalha no limite, desestruturando ainda mais o atendimento. Não há previsão para a contratação de mais profissionais, inclusive, médicos e enfermeiros, segundo a Administração. 
 
Precisamos de mais rondas da Guarda Municipal (GM), criada para proteger o patrimônio público. Precisamos de melhorias na estrutura física e efetivo para atender melhor e com mais qualidade. O trabalhador merece respeito!

Fonte: STMC

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