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23/09/2015

Desde abril, STMC denuncia descaso da Prefeitura com a Educação Integral de Campinas

Hoje, jornal TodoDia publicou nova matéria sobre o caso


Desde Abril deste ano, o STMC tem denunciado a situação de caos na Educação Integral em Campinas. Salas improvisadas e mal adequadas, falta de profissionais e salas superlotadas são alguns dos problemas encontrados pelos Diretores do STMC em visita as unidades escolares.

O Governo prometeu uma coisa, mas o que é visto na prática é outra! Você encontra matérias veiculadas na mídia 
aqui (de abril) e aqui (julho).

Hoje, o TodoDia fez nova matéria sobre o caso, contando que a falta de professores, faz os alunos saíram mais cedo das aulas. O Sindicato continuará em defesa dos servidores e em busca de melhores condições de trabalho, e atendimento a população.


LEIA MATÉRIA COMPLETA DO TODODIA:
Falta de professor faz alunos saírem mais cedo de escolas

Apontadas como modelo de excelência em educação e exploradas em dois materiais publicitários pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), as escolas de educação integral têm dispensado alunos mais cedo por falta de professores ou de atividades extraclasse.

São cinco Emefs (Escola Municipal de Ensino Fundamental) que dispõem de educação integral e foram batizadas de "Escolas Bem Maior": Padre Avelino Canazza, na Vila Formosa; Raul Pila, no Jardim Flamboyant; João Alves dos Santos, na Vila Boa Vista; Padre Francisco Silva, no Jardim Londres; e Professor Zeferino Vaz, na Vila União.

O TODODIA visitou as três primeiras citadas e constatou problemas e dificuldades em todas. Na Avelino Canazza, a decisão da prefeitura pela retirada de professores especializados em duas matérias é criticada até pela direção. Já nas Emefs João Alves dos Santos e Raul Pila as reclamações de mães e avós são sobre falta de professores, mudanças no horário de saída e falta de atividades fora da sala de aula.

"Tenho três filhos, no 1º, 5º e 9º ano, e cada um tem um professor faltando, desde o começo do ano", relatou a dona de casa Adriana Soares Carvalho, 37, mãe de alunos da Emef João Alves. O quadro incompleto de professores acarreta em mudanças no horário da saída. "Minha filha está há dois meses sem um professor porque a titular saiu de licença e não tem ninguém para colocar no lugar. Agora, toda sexta ela está saindo às 12h30 ao invés de sair às 15h", explicou a babá Fernanda Soares, 35, mãe de uma aluna de 10 anos da Emef Raul Pila.

No João Alves, a falta de docentes é maior. "Tem dia que sai às 13h, outro é às 15h20, no outro dia é 14h10. Três horários diferentes na mesma semana é complicado para saber quando buscar. Era para sair todos os dias às 15h10. Outro dia cheguei e minha filha estava me esperando havia duas horas porque não tinha professor e não conseguiram me avisar", reclamou a doméstica Ana Sodré, 36, mãe de uma aluna do 1º ano.


INFRAESTRUTURA

Com relação à infraestrutura, o problema apontado foi uma abertura deixada no alambrado da Raul Pila. Apesar dos moradores dizerem que o espaço aberto na grade é para que a comunidade possa usar a quadra de esportes da escola, a reportagem flagrou alunos deixando a escola pelo buraco. Nenhum vigilante viu a saída.

A secretária de Educação de Campinas, Solange Villon Pelicaner, afirmou que o problema da falta de professores de fato ocorria no começo do ano, mas que agora foi solucionado. "Isso não acontece mais. Acontecia logo no início, com muitas aposentadorias e professores se removeram e havia o tempo burocrático para repor e chamar outros professores". Ela não quis comentar as demais reclamações.
 

Especializados terão de sair
Na Emef Avelino Canazza, a preocupação de pais, professores e até da direção é sobre a retirada dos professores com formação específica das disciplinas de Matemática e Ciências nas classes de 1º ao 5º ano das cinco escolas de tempo integral. Eles devem sair no final deste ano para entrada de pedagogos em 2016.

"Os alunos vão sofrer com essa mudança porque aprenderam bastante com eles. Esses professores fazem um trabalho diferenciado com os alunos e vieram no começo do ano. (...) A justificativa é de que esses professores, com mais de dez anos de trabalho na rede, prestaram concurso para 6º ao 9º ano e não poderiam estar aqui, mas como então as transferências para cá foram aprovadas pela prefeitura?", questionou a diretora da escola, Fernanda Antonelli,

O Sindicato dos Servidores Públicos de Campinas afirmou que defenderá o direito de permanência desses docentes. "São professores efetivos, com mais de dez anos de prefeitura. Isso mostra mais uma vez a ineficácia da educação integral do Jonas", afirmou a diretora sindical Rosana Medina. | JCK

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Fonte: STMC com informações do TodoDia

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