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11/01/2015

Servidores sofrem com cartão alimentação em vários comércios

Servidores da Prefeitura de Campinas estão passando por constrangimento e sofrendo prejuízos financeiros

Servidores da Prefeitura de Campinas estão passando por constrangimento e sofrendo prejuízos financeiros por causa da recusa de supermercados em receber o vale-alimentação, que é utilizado por intermédio do BancredCard. Em muitos casos, o trabalhador enche o carrinho com as compras, enfrenta a fila do caixa, mas na hora de pagar, é informado que não pode utilizar o cartão.

Mercados pediram descredenciamento alegando que não recebem da empresa contratada pela prefeitura para administrar o vale. Ano passado, a administração recebeu 140 reclamações, a maioria alegando que o sistema estava fora do ar - segundo o sindicato, uma forma que mercados encontram para não aceitar pagamentos com o cartão.

O número de estabelecimentos que tem recusado essa forma de pagamento é maior em bairros de regiões mais populares, como Parque Oziel, Jardim São Domingos, Jardim Florence e Vida Nova. Como são bairros distantes do Centro, usuários perdem tempo e dinheiro para fazer suas compras em outros locais, segundo o sindicato.
A entidade fez uma reunião ontem para avaliar a situação, que é considerada "gravíssima e humilhante". O sindicato está documentado os casos e vai exigir da prefeitura o rompimento do contrato com a empresa que administra o serviço, a Mixcred, de Mogi Mirim. A reportagem teve acesso a um vídeo gravado em um supermercado do Jardim São Domingos. O representante do estabelecimento diz ao funcionário do sindicato que não aceita o pagamento com o cartão Bancred. Questionado sobre o motivo, ele afirma que há três meses não recebe o repasse do dinheiro.

Relatos de servidores em redes sociais na Internet mostram que o problema atinge uma grande quantidade de bairros e que trabalhadores estão revoltados. Existem sugestões de realização de um abaixo-assinado. O sindicato diz que também estuda a adoção de outras medidas.

"O sindicato está pedindo para a prefeitura a mudança urgente da empresa que administra o vale-alimentação e irá tomar outras providências", diz Lourival Valeriano de Souza, diretor de Formação Sindical da entidade. Ele diz que a empresa enfrenta problemas em outras cidades.
Segundo ele, o contrato atual vence no início de março e haverá outra licitação. "Corremos o risco dessa empresa voltar a vencer e o serviço continuar deficitário", diz. Ele aponta que a empresa tem 800 estabelecimentos conveniados e grande parte deles não aceita a forma de pagamento.
Valeriano diz que as grandes redes de supermercados também já têm algumas restrições ao cartão e chegam a alegar que o sistema está fora do ar.
Segundo Deise Alves da Silva, diretora de Educação do sindicato, os servidores que tiverem o cartão recusado devem fazer uma reclamação por escrito no sindicato, para que a prefeitura não possa alegar desconhecimento do problema".

Fonte: Jornal TODO DIA

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