SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE CAMPINAS
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07/01/2013

Servidores campineiros rejeitam 'agentes secretos'

Sindicato promete ir à Justiça caso medida do plano anticorrupção seja adotada

Os representantes do Sindicato dos Servidores Públicos de Campinas prometem ir à Justiça caso o prefeito Jonas Donizette (PSB) coloque “agentes secretos” para denunciar o funcionalismo. O anúncio causou a primeira rusga entre o Executivo e a força sindical. Na última semana, como parte do pacote anticorrupção lançado por Jonas, o governo anunciou que vai infiltrar no Executivo representantes indicados por entidades de classe e sociedades nomeados pelo prefeito para denunciar supostas irregularidades encontradas na Administração, que vão desde mau atendimento até cobrança de propina e dificuldade na aprovação de demandas.

Segundo um dos coordenadores do Sindicato dos Servidores, Jardirson Tadeu Cohen Paranatinga, a medida pode caracterizar perseguição ao funcionalismo. “Eu não me lembro de nenhum servidor de carreira preso por envolvimento em corrupção. O envolvimento sai do comisssionamento. O sindicato não vai admitir isso.”

O prefeito de Campinas afirmou que jamais utilizou a palavra espião e que as pessoas que vão acompanhar os atos dos servidores são “auditores cidadãos”. Para Jonas, a medida vai beneficiar o funcionalismo público.

O papel do Sindicato dos Servidores vem sendo questionado nos últimos dias em razão dos seus coordenadores serem do partido do prefeito e terem apoiado a campanha de Jonas no ano passado. Tadeu afirmou que ajudou na construção do processo durante a campanha eleitoral, mas que não faz parte da máquina. “Sindicato é sindicato e governo é governo. Sou filiado ao partido, tenho consideração ao prefeito, mas não vou tolerar qualquer medida que seja contrária a categoria. Somos independentes.”

Sobre os “agentes secretos” propostos por Jonas, a categoria prometeu reagir caso o Executivo implante a medida. “Se isso ocorrer ou qualquer forma de intimidação, vamos representar ao Ministério Público para que haja interferência da Justiça”, disse Tadeu. “Jamais vamos admitir big brother. Trabalhador não é bandido. Entrou por concurso público.”

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