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10/02/2012

Saúde: Oziel dá prazo para recuperação de posto de saúde

Protesto contra precariedade da unidade suspendeu atendimento ontem

Os funcionários do Centro de Saúde do Parque Oziel, em Campinas, paralisaram suas atividades ontem depois de um protesto que contou com a presença dos trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Só os casos de urgência foram atendidos. Por volta das 10h, cerca de 30 usuários e 15 funcionários fizeram um ato em frente ao centro para pedir melhores condições de trabalho. “Do jeito que está, não dá para ficar. Os pacientes não têm privacidade. Em uma única sala funcionam a recepção, o acolhimento, a sala de inalação e de aferição da pressão arterial”, reclama uma funcionária do local.

Os trabalhadores decidiram, em assembleia realizada com os usuários, que irão esperar três semanas para que a Prefeitura faça melhorias no local. “Se dentro de três semanas eles não fizerem as melhorias no telhado e nos banheiros, iremos iniciar uma paralisação por tempo indeterminado”, disse o médico Luis Carlos Rittes.

O centro de saúde funciona de forma improvisada em um pequeno imóvel localizado na Rua Miriam Lopes Verbena. O local foi construído para atender a população de forma provisória, mas até hoje é a única opção de atendimento pelo SUS no bairro. Farmácia, sala de enfermagem, dois consultórios médicos, sala de acolhimento, sala de inalação, sala de vacina, cozinha, arquivo, recepção e banheiro funcionam em seis cômodos da casa. A sala de enfermagem, por exemplo, é um cubículo onde antigamente era um banheiro. A farmácia é aberta e divide espaço com o setor administrativo e o consultório da pediatria funciona no mesmo local que o consultório do ginecologista e obstetra. “Os médicos trabalham em horários alternados. Em janeiro, tivemos 16 recém-nascidos, sei que precisava ter um pediatra em período integral aqui, mas não há espaço”, conta a coordenadora do centro, Denise Pierro Postal.

Os pacientes têm que esperar por atendimento em uma varanda coberta com telhas onduladas tipo Brasilit, que esquentam muito durante o Verão. “O teto está cheio de buracos e quando chove fica impossível ficar aqui porque tem muitas goteiras. Os banheiros têm vazamentos e não há fechaduras nas portas. Desse jeito, não podemos ficar”, reclama a usuária Ilione Jimenez.

De anteontem para ontem, os vândalos depredaram ainda mais o prédio. “As torneiras estavam instaladas aqui na pia ontem (anteontem), hoje (ontem) não estão mais”, conta João Xavier, do conselho local de Saúde. Uma funcionária que pediu para não ser identificada diz que todos os dias quando o centro é aberto funcionários têm que limpar o local e retirar camisinhas e flaconetes de cocaína. “Muitos fazem fezes no chão e quando chegamos encontramos desse jeito”, disse a moça.

A Secretaria de Saúde de Campinas informou que irá providenciar os reparos necessários no Centro de Saúde Oziel. O secretário Fernando Brandão informou que, na próxima quarta-feira, terá uma reunião com o conselho local de Saúde, funcionários e usuários para anunciar o cronograma para o início das obras de construção do novo centro e reforma do atual prédio.

O projeto do centro de saúde começou a ser elaborado em 2006 e a obra já deveria estar pronta, mas atrasos no pagamento de fornecedores, mudanças no planejamento e entraves burocráticos impediram que saísse do papel. O novo centro foi orçado em R$ 1,3 milhão e deverá atender a uma população de cerca de 24 mil pessoas, concentrando os atendimentos feitos no CS Oziel e CS Monte Cristo.

Segundo Brandão, a prioridade do governo é a construção desse centro. A Secretaria de Urbanismo já deu parecer favorável em relação ao local escolhido para a obra e até sexta-feira uma equipe irá ao bairro para fazer as medições topográficas necessárias para o início dos trabalhos. A construção deve ficar pronta dentro de um ano após o início da obra. Os usuários do centro, no entanto, não se animam com as novas informações. “Já ouvimos muitas promessas há vários governos, queremos garantias de que a obra será feita”, disse João Xavier.

Fonte: Correio Popular

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