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14/04/2008

Pesquisa comprova: dupla jornada prejudica rendimentos da mulher trabalhadora

A largada da maratona é na ponta dos pés. Isso, para não acordar ninguém ao sair da cama. Em seguida, já é hora de preparar a comida para os filhos, lavar e estender as roupas, acordar todo mundo, lavar a louça, arrumar a casa e ir trabalhar.

No final do dia, além do cansaço e das preocupações profissionais, começa tudo outra vez, mas sem esquecer da educação dos filhos.

Essa é a rotina que milhares de mulheres enfrentam e que, por ela, mereceriam premiações. Mas, a realidade é contrária, o final do mês vem com uma dura punição para essas batalhadoras. Estudo realizado pelo Centro Internacional de Pobreza, publicado este mês, mostra que a diferença salarial entre os sexos é ocasionada pela maior preocupação das mulheres com a criação dos filhos e com a casa.

O trabalho Diferenças Salariais por Gênero ao Longo da Vida Laboral investigou a diferença entre a média salarial por hora de homens e mulheres ao longo da vida profissional em três países, África do Sul, Brasil e Tailândia, já descontados fatores como escolaridade, localização geográfica e cor. Os autores são os economistas indiano Nanak Kakwani e a sul-coreana Hyun H. Son.

Eles observaram que no Brasil e na Tailândia o salário médio das mulheres chega a ser maior que o dos homens entre os 15 e 25 anos (no caso brasileiro, elas recebem cerca de 10% a mais). A partir dos 26 anos, os homens passam a receber mais e a diferença aumenta até a faixa de 46 a 55 anos. Já na África do Sul a desvantagem do salário feminino é constante.

"As mulheres escolhem sacrificar as suas carreiras profissionais quando têm filhos, o que leva a uma redução dos ganhos nas suas profissões", afirmam os economistas. "Assim, as diferenças salariais por gênero no mercado de trabalho derivam da divisão das tarefas em casa, já que as mulheres são as principais responsáveis pelo cuidado com os filhos."

 Os governos e empresas "podem subsidiar creches como forma de reduzir as diferenças de oportunidades no trabalho e aumentar a produtividade das mulheres no mercado de trabalho", sugere o estudo. Esse tipo de ação pública pode contribuir para a redução dos diferenciais salariais por gênero durante a vida profissional", completa.


Fonte: Portal CUT

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