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13/12/2011

Vereadores aumentam os subsídios para R$ 15 mil

Reajuste é de 126,3%; R$ 402 mil a mais para cada parlamentar

A Câmara de Campinas aprovou ontem o aumento no subsídio dos vereadores de R$ 6,6 mil para R$ 15 mil. O total representa 126,3% de reajuste e vale para a próxima legislatura, que começa em janeiro de 2013. Graças à ampliação nos salários, cada vereador, que hoje ganha R$ 318 mil pelos quatro anos de trabalho, terá sua remuneração ampliada para R$ 720 mil. Nos quatro anos, contando os 33 legisladores, são R$ 13,2 milhões a mais gastos pela Casa com a remuneração dos parlamentares.

A aprovação aconteceu sem que o projeto fosse discutido. Depois da votação, houve tumulto, bate-boca e protesto de populares. Sob clima tenso, os vereadores deixaram o plenário e a sessão foi encerrada.

O presidente da Casa, Pedro Serafim (PDT), chegou a ser alvo de um ovo jogado pela população. Ele justificou que o aumento é válido, já que os vereadores não recebem nenhum reajuste desde 1994. Além disso, a Mesa Diretora, que assina o projeto, justificou que o aumento é legal graças ao artigo 29 da Constituição, que permite que, em cidades com mais de meio milhão de habitantes, o subsídio de parlamentares seja de até 75% da remuneração de um deputado estadual.

VOTAÇÃO

Antes da votação, os vereadores discursaram sobre o projeto de lei da Macrozona 5, que entrará na pauta na próxima sessão. Enquanto a população presente ainda comemorava, eles deram início à votação do aumento. Apenas o Politizador (PMN) e o Professor Alberto (DEM) votaram contra, enquanto Carlos Signorelli (PT) e Dr. Sebastião dos Santos (PDT) estavam ausentes.

A situação ficou tão tensa que a Guarda Municipal, que contava com 22 homens para fazer a segurança, foi para cima dos manifestantes, jogando gás de pimenta e usando a taser, arma que dá choque. Uma pessoa foi encaminhada para o 1º Distrito Policial. O fotógrafo do Todo Dia Luiz Roberto Lima estava trabalhando e também recebeu uma descarga de choque.

“Eu não vi o que aconteceu, e de repente, estava caído no chão. A pancada foi muito forte. Não entendi porque eles estavam usando força excessiva”, disse o fotógrafo que, depois, foi para o hospital por estar com dor de cabeça e vomitando.

O chefe do grupo especial da Guarda Municipal, que se identificou apenas como Moretti, disse que os policias trabalham apenas para manter a ordem. “Estávamos apenas evitando o confronto. Os populares partiram para agressão primeiro. A arma de choque não é letal e foi usada para acalmar o tumulto”, afirmou. Ele negou que algum guarda tenha utilizado a arma contra a imprensa.

 


Fonte: Todo Dia

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