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07/04/2008

Plano de Cargos: veja como sai perdendo...

Confira abaixo matéria do Jornal Correio Popular, do dia 01/04/08, em que se aborda as distorções no novo plano de Cargos do governo Hélio:

O novo Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) da Prefeitura de Campinas, implantado nos holerites distribuídos na última sexta-feira sem prévio conhecimento por parte dos 16 mil funcionários da ativa e cinco mil inativos, continua movimentando os corredores do Paço Municipal e do Sindicato dos Servidores Municipais de Campinas (SSMC).

Ontem, duas professoras que não quiseram se identificar, do grupo das reintegradas pela Justiça, procuraram a Secretaria de Recursos Humanos e foram mandadas de um lado para outro sem, no entanto, terem conseguido qualquer informação. As duas alegam que têm o mesmo tempo de serviço, a mesma carga horária, a mesma função e a mesma titulação, porém os valores que constam nos respectivos holerites apresentam uma diferença em torno de R$ 120,00. Uma delas alega ainda que deveria receber praticamente o dobro do que veio em seu holerite.

De acordo com uma das professoras, sua titulação apresentada e protocolada dentro do prazo estipulado pela municipalidade não foi sequer considerada. "O meu novo enquadramento não trouxe a minha titulação. Me mandaram hoje (ontem) de um andar a outro e ninguém sabe informar nada. Sou reintegrada pela Prefeitura e estatutária pela Fumec (Fundação Municipal para Educação Comunitária); em nenhum dos dois recebi os vencimentos correspondentes à titulação de nível superior" , afirmou.

As duas servidoras reclamaram principalmente das informações desencontradas que predominavam nos departamentos a que compareceram em busca de informação. "Fomos ao 9º andar, depois nos mandaram para o 5º, depois para o 7º, e a resposta ninguém fornece" , disse uma delas. A única informação que elas conseguiram ontem é a de que têm de protocolar um pedido de esclarecimento para análise por parte dos técnicos da secretaria.

No sindicato dos servidores, as dúvidas e o descontentamento também permanecem. De acordo com Marionaldo Fernandes Maciel, um dos diretores da entidade, há casos que são "verdadeiras aberrações". Na interpretação do sindicalista, muita gente saiu prejudicada, mas não soube informar se os problemas estão concentrados numa determinada carreira ou espalhados por todas. "Estamos ainda fazendo o levantamento dos casos. Porém, há problemas em todas" , afirmou ele. Amanhã, membros da diretoria do sindicato vão se reunir com representantes sindicais de vários setores do funcionalismo público para concretizar e detalhar mais as reclamações dos servidores que se sentiram lesados pelo novo plano.

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O secretário municipal de Recursos Humanos, Luiz Verano Pontes, admitiu falhas nos enquadramentos, mas atribuiu a questões pontuais num universo de mais de 20 mil funcionários. De acordo com ele, todos os casos em que os servidores discordam de seu enquadramento serão analisados individualmente para que os eventuais erros sejam sanados. No caso das professoras reintegradas pela Justiça não houve, segundo ele, tempo hábil para a análise da titulação e da situação individual de cada uma devido à aprovação, praticamente nas vésperas da implantação do plano, de pequenos ajustes técnicos na legislação, aprovados pela Câmara Municipal apenas dois dias antes da entrada em vigor do novo plano. "São casos que serão resolvidos em sete dias no máximo" , afirmou Verano. (Ângela Kuhlmann/Da Agência Anhangüera)


Fonte: Jornal Correio Popular - 01/04/08

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