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20/06/2011

MP tem 9 frentes de investigação no Caso Sanasa

Promotores do Gaeco começam a abrir novos inquéritos para apurar fraudes em outros setores

As investigações que originaram o Caso Sanasa denunciado pelo Ministério Público (MP) passam a partir de agora a ter novos desdobramentos. A Promotoria inicia esta semana a instauração de pelo menos nove inquéritos para apurar a prática de lavagem de dinheiro e corrupção na Prefeitura de Campinas. Nesses novos supostos braços de irregularidades, os agentes públicos envolvidos são os mesmos. Mas, desta vez, os crimes podem ter sido praticados em outros setores do Palácio dos Jequitibás.

Os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) confirmaram que as portarias desses novos inquéritos devem ser publicadas ainda esta semana. O que está em definição é o número de procedimentos. A Promotoria avalia se vai iniciar investigações específicas para cada integrante suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro na Prefeitura ou se vai investigar os supostos esquemas criminosos de forma isolada. Essa definição pode ampliar ainda mais o número de inquéritos instaurados no MP.

Os desdobramentos do Caso Sanasa vão atingir novamente o núcleo denunciado pelo MP, que conta com a primeira-dama de Campinas, Rosely Nassim Jorge Santos, o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT), o ex-secretário de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública Carlos Henrique Pinto, o ex-coordenador de Comunicação Francisco de Lagos, o ex-diretor técnico da Sanasa Aurélio Cance Júnior, o ex-diretor de Planejamento Ricardo Chimirri Cândia e o ex-diretor financeiro da empresa Marcelo Figueiredo.

Nesses novos braços de apuração, segundo a Promotoria, Rosely permanece como sendo a suposta líder dos esquemas criminosos, enquanto os outros dirigentes públicos atuam na função de operadores. Na denúncia oferecida à Justiça pelo MP, os promotores descrevem a existência de outras práticas criminosas lideradas por Rosely. “Ao invés de cumprir suas responsabilidades e deveres funcionais, a denunciada (Rosely) decidiu atuar ilicitamente e criou um grande esquema de corrupção e arrecadação clandestina de dinheiro envolvendo agentes públicos e empresários. Para tanto, idealizou a formação de uma organização criminosa dividida em vários núcleos autônomos e independentes de corrupção, cada um deles contando com a participação de vários agentes públicos e particulares”, consta no documento.
 
Dois desses novos núcleos envolvem o setor de empreendimentos imobiliários e a concessão de alvarás para bares e estabelecimentos comerciais de Campinas. Nas supostas “frentes” de corrupção, Cândia e Henrique Pinto seriam os operadores dos esquemas que seriam liderados pela primeira-dama. “Apesar da autonomia e independência dos diversos núcleos, eles guardam relação entre si pela identidade de alguns integrantes e, principalmente, pelo fato de terem seu controle e chefia centralizados na pessoa da denunciada, Rosely Nassim Jorge Santos”, descrevem os promotores.

 


Fonte: RAC

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