A inflação para as famílias brasileiras que ganham entre um e 2,5 salários mínimos mensais (de R$ 415 a R$ 1.037) foi de 1,38% em maio, contra 0,97% em abril. A taxa, divulgada hoje (5) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), é o resultado do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1). Os alimentos, que correspondem a 40% no cálculo do IPC-C1, foram os responsáveis pela maior contribuição na elevação do índice. O economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas, estima que o IPC-C1 deve continuar apresentando altas. O preço do feijão, considerado um dos vilões da inflação no ano passado e que vinha apresentando uma desaceleração, começou a subir no final de maio. "Isso deve estar ocorrendo devido à possibilidade de redução da safra, por causa da aproximação do inverno", avaliou. André Braz destacou ainda aumento de preços em itens importantes para o consumo das famílias, como carnes, arroz, pães e biscoitos. O economista acredita, no entanto, na possibilidade de queda nos preços dos derivados do trigo, devido à expectativa de uma safra internacional maior e aos cortes de impostos por parte do governo brasileiro. De acordo com a FGV, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em maio foi de 0,87%.
Fonte: Portal CUT