Categoria quer 13,18% de aumento; administração acena com 4,67%
Exatos 27 dias depois de assumir em definitivo, o prefeito de Campinas, Pedro Serafim (PDT), vai encarar sua primeira greve geral dos servidores municipais. Ontem, os servidores públicos decidiram iniciar sábado a paralisação, sem prazo para acabar. Campinas tem cerca de 25 mil servidores municipais.
A decisão foi unânime, em assembleia da categoria. O STMC (Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Campinas) reivindica 13,18% de reajuste de salário e R$ 622 de vale-alimentação - atualmente, este valor é de R$ 480. A prefeitura, com base no ICV/DIEESE (Índice do Custo de Vida do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), ofereceu 4,67% nos dois casos.
O sindicato oficializará à administração e publicará edital amanhã. “As falas dos trabalhadores reforçaram a situação dramática de estrutura e condições de trabalho em todas as secretarias da prefeitura. No entanto, as reuniões que trataram das pautas específicas não apresentaram avanços”, afirmou Marionaldo Fernandes Maciel, presidente da entidade.
PROPOSTA
A prefeitura informou que a contraproposta se baseia no índice acumulado de abril, que ainda terá fechamento na segunda quinzena de maio. Além disso, informou que não pode arcar com o impacto do reajuste pedido pelos servidores em razão do caixa negativo.
A postura foi criticada pelos sindicalista. “É engraçado como o Pedro Serafim se preocupa hoje com o impacto negativo do aumento no Orçamento da prefeitura. Quando eles votaram o reajuste de 126% para os vereadores, ele não pensava deste jeito”, explicou Maciel.
PROTESTO
Na segunda-feira, os servidores irão realizar um protesto em frente ao Paço Municipal. “É um direito básico de todos. Não há o que temer”, disse. Uma nova reunião entre o sindicato e prefeitura para discutir a campanha salarial está marcada para a próxima terça-feira. A prefeitura também não descarta entrar na Justiça para barrar o movimento.
Fonte: Jornal Todo Dia
