Leia matéria do Jornal Todo Dia sobre luta da categoria junto à Secretaria de Educação
Sem promoção, monitores de creche ameaçam paralisação O secretário de Educação de Campinas, José Tadeu Jorge, negou promoção a agentes e monitores que atendem crianças de No final do ano passado, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Campinas pediu o reenquadramento dos cargos de agente de educação básica 1 e monitor infanto juvenil 1, que possuem magistério, para o de professor de educação básica De acordo com a prefeitura, atualmente há 861 monitores e 614 agentes de educação infantil ativos em sala de aula. Eles atendem 9.650 crianças de “Nós queremos fazer parte da família da educação. Não é aceitável estarmos enquadrados como operacional. A prefeitura só nos vê como cuidadores, mas também somos educadores”, disse Marisa de Jesus, diretora do sindicato e monitora. Segundo ela, o reenquadramento dos cargos é baseado na LDB (Lei de Diretrizes e Bases) da educação nacional. Marisa informou ainda que pelo menos metade dos monitores e agentes tem magistério. A resposta da administração com a negativa foi encaminhada ao sindicato no dia 19 de março e repassada aos representantes dos agentes e monitores no último dia 15. Em sua argumentação, o secretário de Educação de Campinas afirmou: “Não se deve diminuir a importância e o papel desempenhado por essas pessoas, mesmo porque são indispensáveis, mas, também, não se pode correr o risco de desqualificar o processo educacional, igualando desiguais em formação e responsabilidade”. Na avaliação da categoria, o secretário “desqualificou o trabalho do grupo”. “Vamos marcar uma audiência pública para discutir o que será feito em relação à recusa das demandas e da declaração. Queremos uma retratação pública e não está descartada uma paralisação da categoria”, afirmou a diretora do sindicato. A Secretaria de Educação de Campinas informou, por meio da assessoria, que o ato de transformação de um cargo em outro pelo simples preenchimento de alguns requisitos é inconstitucional e que “o servidor que foi aprovado em concurso público deve exercer o mesmo cargo até o fim da carreira”. “Houve uma tentativa de incluir esse tipo de mudança de cargos no Plano de Cargos e Salários de 2004, mas a Justiça suspendeu a lei, não permitindo a transformação.” Informou ainda que a frase do secretário “não é preconceituosa e não há nada de ofensivo nas palavras usadas”. “Pelo contrário, os monitores e agentes são elogiados pelo professor Tadeu em sua colocação”.
Fonte: Todo Dia