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09/04/2012

Falta de médicos gera discussão no Mário Gatti

Pacientes ficam irritados com a demora no atendimento (Publicado no último sábado 07/04/12)

Cansados da longa espera por atendimento, pacientes e acompanhantes de usuários entraram em conflito com funcionários do pronto-socorro adulto do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, na manhã de ontem. Havia apenas cinco médicos para atender no plantão da urgência e emergência, quando o efetivo normal é formado por oito médicos. Com o tumulto, a segurança do hospital acionou a Guarda Municipal (GM) para auxiliar no controle da situação.

Seis guardas foram até o hospital, mas não foi necessário o uso de força física. A agressão verbal contra os funcionários gerou muita confusão na sala de recepção do pronto-socorro. Todo o atrito foi flagrado pela reportagem. Os pacientes e acompanhantes criticavam a demora que, segundo eles, estava entre seis e oito horas para o atendimento. Já a Prefeitura de Campinas informou que o tempo de espera era de três horas. Os usuários reclamaram do descaso das autoridades e da corrupção da classe política que estaria tirando recursos do sistema de saúde público.

Entre gritos e xingamentos, pacientes e acompanhantes queriam explicações dos servidores sobre o motivo da demora no atendimento e exigiam que o processo fosse agilizado. No meio da confusão, o chefe do plantão do pronto socorro, Marcos Almeida, foi dialogar com os usuários. Ele informou que havia muitos casos graves em atendimento no setor de urgência. Segundo o médico, havia apenas cinco médicos no plantão. Almeida afirmou que os funcionários não eram os responsáveis pela situação precária e que eles não eram os gestores do sistema público de saúde.

“Sou apenas o médico que está aqui para atendê-los. Não sou eu quem tem que responder a vocês sobre a situação precária. Há vários casos graves que estão em atendimento e há apenas cinco médicos. Peço paciência para todos. Todos serão atendidos”, disse. Mesmo com as explicações, os usuários continuaram a reclamar e queriam uma solução imediata.
Uma senhora chegou a sugerir aos gritos para o chefe do plantão que suspendesse o preenchimento de novas fichas de usuários que chegassem em busca de atendimento. Almeida disse que não poderia interromper o preenchimento porque todos os cidadãos tinham direito a buscarem auxílio médico no hospital público. A discussão só terminou com a chegada da GM.

Descaso

O conferente de produtos Ibrahim José Perin foi um dos primeiros a começar com
a discussão com os funcionários do hospital. “Minha esposa está com infecção na bexiga. Cheguei com ela às 7h. Agora, quase meio-dia, depois que discuti com os médicos e funcionários, é que a chamaram para atendê-la. É um absurdo. Não dá para uma pessoa ficar gemendo de dor do lado de fora do hospital. Não aguentei quando a vi chorando. Fui exigir atendimento”, afirmou. Ele ressaltou que entende a dificuldade enfrentada pelos funcionários e médicos do hospital, mas que era inadmissível ficar passivo diante da dor dos que aguardavam por atendimento.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Campinas informou que o plantão no pronto-socorro tem oito médicos, mas, ontem, dois apresentaram atestado médico e não foram trabalhar. Outro não havia comparecido — e nem apresentado uma justificativa para a falta — até o início da tarde. A Administração garantiu que o efetivo era suficiente para atender a demanda. Conforme a assessoria, 90% dos casos atendidos eram sem gravidade.

Fonte: Correio Popular

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