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17/06/2011

Saiu na imprensa: Dr. Hélio admite, em carta, que sabia dos esquemas na Sanana

Em nota, Dr. Hélio diz que não se omitiu frente às denúncias na Sanasa

A Prefeitura de Campinas divulgou uma nota à imprensa esclarecendo detalhes da carta à população enviada pelo prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) no início da semana. Na carta, ele admitia saber de desvio de dinheiro na Sanasa desde 2008. Agora, a nota da prefeitura afirma que quando isso ocorreu o prefeito não se omitiu sobre as suspeitas. O então presidente, Luiz Aquino, deixou o cargo e foi aberta uma auditoria para investigar contratos da empresa. De acordo com a prefeitura, nenhuma irregularidade foi comprovada.

Confira a íntegra da carta:

No momento em que a Câmara Municipal de Campinas, através da Comissão Processante, decide continuar o processo de impeachment, o prefeito Hélio de Oliveira Santos esclarece à população: 

Venho, por este, desenvolver argumentações que considero de máxima importância para os trabalhos da Comissão Processante e para sua conclusão objetiva e sem desvios equivocados.

Ao iniciar com o processo de avaliação, peço a todos que observem as acusações contra mim impetradas sob a ótica das motivações que as geraram. Com a devida análise dos fatos, poderemos, ao final do processo, chegar a uma verdade concreta e justa, desqualificando a tentativa de golpe político - este que está por trás de todas as falácias proferidas recentemente.

Sanasa

Ao que se refere às denúncias em relação ao escândalo na Sanasa, reitero, novamente, que em nenhum momento tive conhecimento ou muito menos participação em qualquer esquema ilícito.

Não há evidência mais incontestável dessa verdade do que a total ausência de menção a meu nome seja por meio do delator (Sr. Aquino, réu confesso), do procurador, do Juiz, ou das instituições Gaeco e Ministério Público (MP).

Assim, tranqüilo com minha consciência, acrescento que jamais admiti a mera sugestão de compactuar-me a esquemas criminosos para superar compromissos eleitorais. E isso está comprovado pelo TRE, à disposição da análise de todos os senhores.

Aceitei o pedido de afastamento do Sr. Aquino assim que soube de rumores que o envolviam com a prática de chantagens e extorsões, comportamento de quem passou a se gratificar com a luxúria, apreciar o supérfluo, praticar a ostentação, envaidecido que se tornou pelo poder.

Foram poucas as vezes que recebi este senhor em minha casa. Tais reuniões se deram no início de 2005 e todas, sem exceção, foram acompanhadas também por secretários municipais. Nunca houve nesses encontros qualquer assunto referente a verbas e propinas. Jamais permitiria sequer a menção a esse tipo de encaminhamento das questões da prefeitura de Campinas ou de qualquer outra atividade que eu venha a desenvolver em minha vida.

É importante ressaltar, neste contexto, que jamais, em nenhum momento, vi ou percebi minha esposa receber ou tratar de dinheiro com o senhor Aquino. E isso configura outra inverdade propalada irresponsavelmente por conta da prerrogativa da delação premiada - prêmio que, ironicamente, neste caso tem sido entregue ao réu confesso...

Contudo, tenho consciência de que este mérito será discutido na Justiça; Ela terá provas suficientes para colocar luz nisso que falo agora e mostrar, de modo inconteste, que a arquitetura criminosa que se desenvolvia à espreita em nossa administração se dava única e exclusivamente no ambiente da empresa - SANASA.

Ainda antes, em 2004, de acordo com rumores, este senhor já havia iniciado suas articulações com lobistas, de onde surgiram contratos com pessoas envolvidas no atual esquema. Alguns destes nomes já se encontravam na Sanasa desde 1994, ou seja, mais de uma década antes de eu assumir a prefeitura, em janeiro de 2005.

Esta prática, por sinal, trata-se de uma contaminação vinda de outras entidades do Governo do Estado de São Paulo, conforme comprova o próprio Ministério Público: mais de 300 contratos do Governo do Estado e mais de 11 municípios apresentaram problemas.

Curioso, porém, é que essas mesmas provas (escutas e grampos telefônicos) apresentadas pelo próprio MP e que envolvem secretários do Governo do Estado com empresários presos na cidade de Campinas, não foram utilizadas em nenhum momento de maneira espetacular ou coercitiva como aconteceu em nossa cidade.

O que fica constatado, então, é que a relação escusa está instalada além do âmbito da administração pública, ainda que, infelizmente, representantes de nossa sociedade estejam envolvidos ou sob suspeição.

Estes termos, sã

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