Confira e veja a matéria publicada pelo Correio na edição desta sexta (16): Apesar da baixa adesão à paralisação de ontem, os servidores da Prefeitura de Campinas decidiram cruzar os braços na próxima terça-feira, quando acontece uma nova rodada de negociação entre os representantes do Sindicato dos Servidores Municipais e da Administração. Cerca de 150 pessoas aderiram à manifestação sindical, sendo que os servidores permaneceram no Paço Municipal e chegaram a fazer uma passeata pelas ruas do Centro. Não houve avanço na pauta econômica. O secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Carlos Henrique Pinto, disse que o governo manteve o reajuste, já aprovado pela Câmara de Vereadores, de 4,7% -- índice apurado no último ano pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os sindicalistas reivindicam quase o dobro ofertado pelo governo Hélio de Oliveira Santos (PDT): 8,7%. "Há uma impossibilidade colocada pelo Orçamento e também pela legislação eleitoral", ressaltou. Henrique Pinto disse que a Administração municipal fez uma contraproposta em relação ao valor do vale-refeição. Os representantes do sindicato pediram R$ 450,00 e o Executivo ofereceu R$ 385,00. Hoje, cada servidor recebe R$ 350,00. A diretora sindical, Rosana Medina, disse que o valor não foi votado na assembléia de ontem porque as negociações continuam. "Ainda estamos discutindo. O que foi votado é nova paralisação para esse dia e estado de greve", disse. Os dois lados irão se sentar às 15h30 da próxima terça-feira e a assembléia dos servidores está marcada para as 17h. Impacto O ato afetou parcialmente algumas unidades de Educação Fundamental e os alunos da Escola Municipal de Ensino Infantil "Aurora Santoro", no Jardim Ipaussurama, ficaram sem as aulas em função da paralisação, com um cartaz escrito à mão e que ficou exposto no portão de entrada dos alunos. O caminhão de som, além do tradicional microfone para discurso dos líderes, contou com uma banda de chorinho para animar os manifestantes. Um funcionário do Departamento de Urbanismo (DU) chegou a levar uma intimação para os servidores alegando que o barulho estava acima do permitido pela legislação. Outras três classes da Escola "Professor Zeferino Vaz", do Centro de Atenção Integral à Criança (Caic), também não tiveram aulas por causa da adesão das professoras, que participaram do movimento no Paço. A creche que funciona no mesmo complexo também não abriu, no entanto, o motivo foi uma reunião pedagógica, que já havia sido agendada. A informação foi confirmada pelos profissionais da instituição e pais dos alunos. Nos postos de saúde a adesão se restringiu a, em média, um funcionário por unidade.
Fonte: Correio Popular de 16/05/2008