O aposentado José Bezerra teve uma vida difícil, nasceu em Assaré, no Ceará.
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O aposentado José Bezerra teve uma vida difícil. De família pobre, nasceu em Assaré, no Ceará, em 1943. No sertão onde chovia uma vez por ano, começou a trabalhar com apenas 7 anos colhendo algodão para vender nos comércios das redondezas. Assim também faziam os seus outros 5 irmãos. Ainda pequenos perderam o pai. “Meu pai morreu porque salvou a vida de minha mãe, que estava grávida, de um incêndio em nossa casa”, lembra com tristeza. O pai respirou muita fumaça, adoeceu e em pouco tempo deixou a família desamparada.
Quando uma das irmãs de José se casou e foi embora para Diamantina, o restante da família também foi atrás.
José já estava com 18 anos e foi trabalhar na roça de amendoim, como todos os familiares fizeram. E foi nessa época que o amor apareceu. José conheceu a prima dos donos do sítio e se apaixonou. “Foi amor a primeira vista por Edeleda”, disse.
Em pouco tempo se casaram e o sogro achou por bem que a filha e o genro viessem para Campinas, onde morava. E foi assim que o sogro conseguiu um emprego para José, na Prefeitura de Campinas.
“Naquela época não precisa fazer concurso público”, explicou.
Começou varrendo as ruas, trabalho cansativo, mas nunca reclamou. “Por pior que fosse nada era mais horrível que viver na seca”, conta.
Em pouco tempo agradou os chefes e conquistou cargos melhores. Passou a organizar o pessoal que varria as ruas junto com ele e assim o tempo passou. “Foram 33 anos e 5 meses trabalhando por Campinas”, conta satisfeito.
Com orgulho, José conta que teve 3 filhos, Vanderleire, que hoje tem 37 anos e é professora, Luciléia, que tem 26 anos e é estudante de administração e Carlos que tem 30 anos e é empresário.
“Agora tenho uma vida muito tranquila, graças a Deus!”, disse.
Fonte: STMC
